Babá x Creche: a nossa experiência

Primeiro dia na escolinha, na porta da sala. Reparem na cara da Tetê!

Bom, pessoal,

Como vocês bem sabem, depois de muito procurar escolinha, tínhamos chegado à conclusão de que o melhor mesmo seria deixar a Tetê com a babá. Porém, poucos dias depois daquele post, nossa babá simplesmente parou de vir e não deu nenhuma satisfação. A história é um pouco, ou melhor, bem mais complicada que isso, mas acho que não vale o relato.

Tudo isso aconteceu há um mês e, 15 dias antes de eu voltar a trabalhar, matriculamos a Tetê na creche. Continuo achando que é ótimo deixar bebês pequenos em casa, mas é mais estável deixar na creche. Porque a nossa ex-babá não foi a primeira que sumiu, e infelizemente não será a última.

Coisas que eu estou gostando da creche:
– todas as tias são experientes com bebês, então o risco de que se cometa alguma barbeiragem da grande é bem menor!
– além do que, na escolinha da minha filha especificamente, tem uma câmera na sala, que os pais podem ficar assistindo da portaria. Big brother da escolinha! Isso dá uma sensação de que as professoras vão tomar mais cuidado ainda…
– já tem algumas atividades para o desenvolvimento do bebê, tipo aulas de música, shantala, contação de histórias (com fantoches! Tetê adora!) e desenvolvimento da psicomotricidade. Assim, não precisa fazer isso por fora!
– ao ver outros bebês sentando/ engatinhando/ andando, acho que minha filha tem se sentido mais motivada a fazer o mesmo. Foi só ir pra escolinha que ela aceitou ficar de bruços e até já começou a se arrastar!
– o bebê chega em casa bem alimentado (comidas variadas!), feliz, banhado e cansado.

Coisas que eu não gosto muito – mas estou tratando de me adaptar a algumas delas:
– o padrão do Unicef é que haja pelo menos 1 adulto para cada 5 bebês. As escolas costumam trabalhar nesse limite e, às vezes, se outro bebê está se esguelando mais que o seu, eles deixam o seu chorando… só um pouco, mas deixam.
– as professoras muitas vezes fazem coisas padrão pros bebês pararem de chorar, e nem sempre essa coisa funciona com o seu filho. Tipo, colocarem minha filha no bebê conforto. Ela O-D-E-I-A!!!!!!!!
– a escola é um pouco barulhenta pro meu gosto! Tem muita criança gritando em outras salas, o corredor é meio insano! Mas a maioria das que visitamos era assim.
– como a área ao ar livre é um pouco longe da salinha, os bebês tem descido pouco para tomar sol (ou nada, na verdade!).  Isso não me agrada, mas eu procuro compensar de manhã, com passeios ao ar livre.
– a escola tem um pouco de dificuldade de lidar com o diferente, por exemplo: bebê que não come carne, usa fralda de pano, não come industrializados, ainda depende de uma mamadeira de leite. Minha filha se inclui em todas as restrições anteriores. Entendo que seria mais fácil pras tias fazer tudo num mesmo padrão pra todas as crianças. Mas infelizmente ou felizmente, a vida não é assim! Devo dizer, por justiça, que elas estão nos apoiando em todas as iniciativas acima, mas tenho a sensação de que prefeririam que fosse tudo padrão.
– por fim, as doenças. Teresa ficou gripada + nariz entupido + tosse + dor de barriga tudo ao mesmo tempo agora! (na semana antes de eu voltar a trabalhar. Denguei minha bebezinha bem muito, com todo o dengo deste mundo!) Pode ter sido a escolinha, ou a viagem pra São Paulo. Não temos como saber, mas tem um risco de a gripe ter vindo da escolinha.

Enfim, não morro de amores, não, mas por enquanto, pretendemos ir deixando ela crescer na escolinha enquanto pudermos.

A adaptação é um pouco dolorida, ver seu bebê chorando e não poder dar colo pra ele. Foi difícil pra mim, mas aos poucos eu fui me acostumando, a Teresa também.

Agora que eu voltei a trabalhar, tô achando melhor ela estar na escolinha. Tenho a sensação de que eu ligo menos pra lá do que se ela estivesse em casa com a babá (na verdade, não liguei nenhuma vez nessa semana de trabalho. Tô me concentrando bem muito pra conseguir sair no meu horário!).

Em tempo: contratamos uma nova babá, estamos satisfeitos da vida com ela, mas a Tetê fica na escolinha.

PS – olha a dor no coração: quarta passada, o Dani e a Thânia (a babá) foram buscar a Tetê na escolinha e ela deu tchauzinho pra professora! Eu não vi! E ela não repete pra mim nem a pau!!! Que vontade de chorar que isso me deu! Mas passa, né? Em compensação, quando ela me vê na volta do trabalho, abre um sorriso de orelha a orelha, até chacoalha a cabeça como quem diz que me ama!

PS 3 – Nessa sexta, nosso amigo Matinas veio visitar a Tetê e eu estava no trabalho, não o vi. Foi a primeira visita em que eu não estava junto. De partir o coração!

PS 2 – Tetê ficou praticamente só mamando nos dias de gripe. Depois, voltou a comer aos pouquinhos. Sabe qual é a nova papinha favorita dela? Arroz com feijão. É uma brasileirinha essa Teresoca, mesmo!

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16 respostas para Babá x Creche: a nossa experiência

  1. Tathy disse:

    Ai Lídia, como são difíceis essas escolhas. Em me lembro que vc estava toda satisfeita em deixá-la em casa com a babá. Masss, se não rolou, que bom que a creche está servindo. Afinal, a vida não pára. Eu visitei algumas creches quando estava grávida do Rafael e depois que ele nasceu. Não gostei do clima, dessa questão de deixar os bbs no bb conforto e a falta de banho de sol. Mas, dos males, esses são os menores. Sobre a diversidade, vc vai encontrar dificuldade tmb quando ela for pra escolinha regular. As creches e escolas não estão prontas para lidar com o diferente. Infelizmente. Outra coisa que acho chata nas creches é que mesmo os bbs doentes, as mães mandam os bichinhos mesmo assim, o que faz com que a proliferaçãod e doenças aumente muito.
    Veja um homeopata para fortalecer o sistema imunológico dela.

    Bjão.

  2. Paloma disse:

    Lídia, vai avaliando a creche e, se for o caso, vc muda depois (ou para outra creche ou volta ao esquema babá). Eu acho que escolinha tem muitos prós, muitos mesmo, mas não nesta idade, em que o bebê ainda não anda e pouco interage. Mas, como a Tathy disse,a vida não para e nós, pais, somos incitados a fazer grandes e pequenas escolhas diariamente. A gente só não pode ter medo de mudar, porque muitas vezes é necessário mesmo! Concordo com o que ela diz de procurar um homeopata (tenho uma boa para te indicar, mas está com tem uma agenda muito cheia…), é incrível como a homeopatia reforça a imunidade dos bebês. Com a Clarice, tem funcionado muito bem.
    Beijos

  3. Vania disse:

    Pois é, Lídia! Se essa foi a alternativa, o jeito é olhar para os pontos positivos, pois as duas opções apresentam pontos positivos e negativos.
    Vc realmente constatou a verdade que ocorre em todas as creches, por melhor que sejam. Eu tb ficava com o coração partido quando o chegava e encontrava o Matheus num tal de bebê colinho, que é o bebê conforto um pouco mais confortável e elaborado. O pior é que ele estava todo alegrinho e conversando sozinho (o Matheus não odeia nada, onde vc colocar ele fica todo contente… Pior ainda, né?! rs). Mas eu conversei sobre algumas coisas, pois como Professora, sei que quando uma mãe nos pede com muita educação um cuidado especial, fazemos isso com amor.
    Quando tirei o Matheus da escola, senti uma paz muito grande, mas por outro lado, uma certa culpa por pensar nessa parte de estimulação que ele perderia, já que a minha empregada/babá não tem formação e nem especialização para isso, e iria fazer o que pode, né?! A verdade é que sempre vamos nos preocupar e tentar cercar de cuidados por todos os lados, pois queremos o melhor para os nossos filhos.
    Matheus saiu da escolinha, é estimulado somente por mim, no período curto que tenho com ele e brinca com a Arlete como ela sabe. Resultado: Está praticamente engatinhando! Eles se desenvolverão de uma forma ou de outra!
    Teresa está sendo cuidada, alimentada, tratada com carinho… O resto, vcs suprirão no momento em que estiverem com ela.
    Assim vamos nos adaptando às mudanças e Deus vai dando sabedoria para tomar as melhores decisões. Nossos filhos são muito amados e estão crescendo acolhidos. Isso é o que importa!
    Beijossss

  4. lia disse:

    Então quer dizer que a Tetê é vegetariana? hihihi
    Ela vai ficar mais doente até completar 1 ano, depois diminui muito. Fazim mais de 5 meses que Emília não tinha nada. Agora apareceu um resfriado, tosse e coriza, mas ela está comendo super bem e dormindo razoavelmente bem. E bebê resfriado vai pra cheche, sim, claro! A gente não vai trabalhar resfriado? Doença benigna, como diz a pediatra.
    Não pode é ir com febre, diarreia, falta de apetite, prostração, manchas na pele ou coisa do tipo.

  5. vovó Amelia disse:

    Oi filha, vc não sabe como é bom ler isto… a vida precisa continuar e nós temos que buscar nossa própria sobrevivência, que é muito mais do que dinheiro.

    Entendi quando vocês optaram pela babá e disse a mim mesma muitas vezes e ao seu pai também: novos tempos, eles são os pais… Tentei me calar não porque deconheça histórias ótimas e péssimas de babás. A estatística, tem algo terrível : a probabilidade de 0,1% de acontecer algo que não gostamos, vira 100% se for conosco…

    Os riscos da escolinha deixam-nos muito mais atentas aos nossos filhos, se eles não dão toda a atençaõ necessária, como banho de sol, deixar chorar um pouco, melhor pra nós, daremos em dobro e seremos vistos como mães e pais perfeitos por nossos pequenos…, é nosso o privilégio da atençaõ, do carinho…

    Sabe por que o seguro das mulheres é mais barato? Não dirigem melhor, dão prejuízos menores…

    Um dia deixei vc na escolinha, e não era pra trabalhar, era para que você não tivesse nenhuma dívida comigo, para que eu pudesse descobrir o meu espaço e, descobri. Acredite, deixei você (eram 3 manhãs por semana) para poder ir a um médico, fazer um pouco de ginástica, estudar para a faculdade, enfim…
    Eram as horas mais longas da minha vida, não via o momento de buscá-la mas foi muito bom: guardo fotos e doces lembranças do Bebê Cia, uma certeza que não parei nada por causa de filhos, de que não me devem nada …

    Maria teresa crescerá entendendo mais sobre as pessoas com quem conviverá formalmente , nas escolas, por começar tão cedo e saberá muito que você e o Dani são o melhor que há neste mundo: não tem avó que seja igual!!!

  6. Rachel Blank disse:

    Ai Lídia, posso imaginar o aperto no coração, eu ainda não voltei ao trabalho, mais iniciei minha pós quase morri em ficar o dia inteiro longe do Arthur, ele por sua vez qdo cheguei parecia um carrapatinho não desgrudou um minuto sequer. Se eu morasse mais perot de vc ficaria com a Tetê na minha casa, mais com certeza ela vai se desenvolver mais rápido ao ter contato com as outras crianças.
    Beijosssssssssss em todos e principalemente na Tetê

  7. Cin disse:

    Olá. Fiz um blog tbém recentemente, pois como mãe de um casalzinho lindo sou apaixonada por essa coisa louca e mágica que é a maternidade. Gostaria de convidá-la para conhecer meu blog o qual irei tratar de diversos assuntos ligados ao universo infantil. Se puder deixar sua opinião será de grande peso pra mim. Bjao!
    O end é:http://maenualdeinstrucoes.blogspot.com

  8. Luíza Diener disse:

    ai que aperto!
    mas é bom vê-la crescer.

    boa sorte na creche-babá!

    depois me conta o que ficou melhor no fim das contas (afinal, com é babá sem bebê?)

    bj

  9. Geisa disse:

    mas diga… qual a creche vc escolheu!?

  10. annyara disse:

    eu tenho ua bb de 5 meses vou colocar ela na creche com 7, gostaria de aber qual idade vc colocou ela?

    • lidianeves disse:

      Com 7 meses, também!
      Achei bem tranquilo no sentido de que ela estava bem madurinha! Mas sempre dá uma dor no coração da mãe.
      Boa sorte pra você! Acredite que sua bebê vai ficar bem!

  11. Cristiana oliveira disse:

    Li sua história e me identifiquei! rs’ hoje meu bb completa 6 meses, e acredite matriculei ele na creche.. por um lado fico muito feliz, mas por outro meu coração aperta e só de pensar nele longe de mim, já morro de sdds! imagino que o desenvolvimento dele na creche será mais saudável no sentido de aprendizado, e crescerá aprendendo a dividir o espaço com outras crianças… a creche do meu Heitor tbm tem câmera de segurança, o que me deixa mais tranquila.. se Deus quiser vai dar td certo.. estou muito ansiosa!!
    abraços e boa sorte para nós!!

  12. Parabéns por se preocupar sempre com o melhor para sua criança. Nossos bebês são nossos tesouros.

    Boa sorte e abraço.

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